A DM9/DDB desenvolveu uma campanha publicitária para o seu cliente, o Ministério da Justiça, para combater o tráfico internacional de pessoas. Com o conceito “Tráfico de Pessoas – Ajude o Brasil a não cair nessa armadilha”, a agência nos pediu ações de marketing promocional que levassem de forma efetiva a mensagem. A ideia central era conscientizar e sensibilizar a população sobre a gravidade do problema, aumentando o número de denúncias sobre esse crime, além de gerar mídia espontânea nos veículos de comunicação.

A P7 Promo desenvolveu um conjunto de ações e materiais promocionais com o intuito de atingir o público-alvo nos principais pontos de saída do País que são os aeroportos e rodoviárias: São Paulo: aeroportos de Congonhas e Guarulhos e Estação Sé do Metrô; Rio de Janeiro: aeroportos do Galeão e Santos Dumont e na Rodoviária Novo Rio; Brasília: aeroporto Internacional JK e Palácio da Justiça; Belém: aeroporto; Belo Horizonte aeroporto de Confins; Recife aeroporto e rodoviária – Terminal Integrado de Passageiros; Porto Alegre: aeroporto; Salvador: aeroporto; Goiânia: aeroporto e Araguaia Shopping-rodoviária; Fortaleza: aeroporto.

Calabouço: De forma interativa, a ação apresentou o tráfico de pessoas sob a perspectiva da vítima. Uma estrutura tridimensional retangular com as faces internas e externas cenografadas com a comunicação visual da campanha representava uma prisão, levando as pessoas a conhecerem a reação da vítima ao cair nessa armadilha.

A parte frontal da instalação foi feita em acrílico transparente e um projetor reproduzia a imagem da vítima (modelo da campanha) em tamanho real pedindo ajuda. Também foi instalado um marcador digital que contabilizava cada vez que o telefone instalado lateralmente era tirado do gancho e escutava a mensagem gravada a partir do texto do depoimento real de uma vítima.

Caixa nas esteiras dos aeroportos: Foi utilizada uma caixa de madeira, com a imagem de uma mulher em tamanho real aprisionada, circulando na esteira de bagagens. A ação chocou as pessoas causando reações de empatia ao perceberem a mulher sendo tratada como uma mercadoria, a principal característica do tráfico de pessoas.

Display Take one: A peça promocional chamou a atenção pela interação e pelo sentido lúdico. Foi criado um display com um aplique em formato de uma caixa de madeira e um folheto com a imagem de uma mulher. O folheto dentro do display mostrava uma mulher aprisionada na caixa, mas, ao puxar e retirar o folheto, era como se a pessoa libertasse a vítima da prisão. Na parte de trás do folheto, estavam todas as informações sobre o tráfico de pessoas, além de dicas de prevenção e as formas de denunciar. Os displays take ones foram distribuídos nos pontos de informação e nos balcões de check-in das companhias aéreas e rodoviárias.

Folder Passaporte: Colocado em totens nos pontos de grande fluxo de aeroportos e rodoviárias, o folder em formato de passaporte fazia alusão às viagens internacionais. O texto apresentava informações com dicas de proteção e quais órgãos deveriam ser procurados em caso de submissão a crimes internacionais, como o tráfico de pessoas.

Adesivos nos banheiros: Nos banheiros femininos dos aeroportos e rodoviárias foram instalados adesivos que simulavam a escrita em batom com a frase: “Tráfico de pessoas. Eu fui uma vítima. Ajude o Brasil a não cair nessa armadilha. Ligue 180.”

Foram impactados qualitativamente 297.444 pessoas na ação do Calabouço Interativo. De acordo com o relatório do disque 180, em comparação com o mesmo período do ano anterior à campanha houveram: aumento de 211,57% no número de relatos de violência; aumento de 253,66% no número de solicitações de serviços; aumento de 127,38% no número de elogios; redução de 59,52% no número de reclamações/trotes; aumento de 200% nos casos resolvidos pelo Ministérios da Justiça, oriundos de denúncias.

A ONU elogiou bastante a iniciativa do Brasil e o formato de apresentação do problema ao público. Entre 11 e 19 de abril de 2010, as ações promocionais foram apresentadas no 12º Congresso das Nações Unidas sobre Prevenção do Crime e Justiça Penal, em Salvador, com a participação de delegações do mundo inteiro para que a campanha pudesse ser utilizada em outros países.

A cobertura de mídia espontânea tanto na convencional quanto nos veículos especializados em comunicação e marketing com matérias veiculadas na Globonews, Record News, Band News, NBR, SBT, Record, Globo; na capa do Jornal O Popular, de Goiânia; na Época Negócios; no Meio e Mensagem; e na CBN destacaram com ênfase a ação.